dezembro 2009


O vício alimenta a alma

Que se debate, violenta, contra as paredes
Paredes de vidro, vidro fosco
Um vidro escuro, que filtra a luz
Deixando cega a alma

Nas ruas, nos bares

Vejo rostos sorridentes, com olhos amargurados
Vejo corpos sedutores, com almas embotadas

Pouco resta de sincera alegria
O vício é o alimento da alma

Dias vazios nos perseguem
Questiono-me do que já foram preenchidos

A memória não ajuda
“Em que ponto da estrada errei o caminho?”

Persigo a noite, escondendo-me da luz
A luz que insiste em mostrar que há algo errado no caminho

Nas ruas, nos bares

Vejo rostos sorridentes, com olhos amargurados

Vejo corpos sedutores, com almas embotadas

Pouco resta de sincera alegria
O vício é o alimento da alma

Dias vazios nos perseguem
Questiono-me do que já foram preenchidos

A memória não ajuda
“Em que ponto da estrada errei o caminho?”

Persigo a noite, escondendo-me da luz
A luz que insiste em mostrar que há algo errado no caminho

Transbordo tristezas

Do transbordo, vertem minhas dores
Mesquinhas, irresolutas

Os dias não me ensinam
Apenas me matam – lentamente

Minha garganta ensaia um nó
De amargura e solidão

São passos cada vez mais incertos
Com uma arrogante cara de tédio

Vestindo no rosto a imagem de um rei
O espelho não mostra o que se debate em meu peito